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Português


QUASE CANÇÃO

Onde está a canção
que respira da sua própria melodia
e arranca da noite
o sol?
No nada
ou na solidão
de um único amor.
Na paixão de todos os beibsoc5
em meio ao abandono
onde morrem as esperanças.
Onde está a canção
que fala do mar e de tudo
do horizonte e desespero
que são partes do jogo
onde ganhamos a nós mesmos?
Está
onde silenciam os pássaros
sentinelas dos rios de dentro.
Nos amantes
e em todas as criaturas
que repartem as manhãs.
No mistério que nos separa.
No movimento solitário
da mão que desenha sonhos.
Buscando respostas.
Respostas dentro de mim.

DA COR DAS ÁGUAS

Somos os caminhantes dos furacões
os caminhantes da água
do céu e da terra.
Já fomos até as estrelas
em busca da estrela interior
ou da alma da estrela.
E nada nos separa:
nem o infinito da desilusão
com seu canto desesperado
nem o medo, nem a culpa.
Porque juntos
vamos aos confins do mundo
e levaremos junto os verões
e todas as estações
as casas e os ventos
os amigos, o porto
e as janelas abertas.
Nos somaremos ao infinito
e perguntaremos os nomes às nuvens
em cada entardecer.
Levaremos um eterno diálogo
e o menino e menina que habitam em nós.
E nosso barco deslizará mar adentro
e conheceremos as montanhas de fogo e rocha
os vales onde habitam
os que conhecem o êxtase.
Juntos, um no outro,
iremos até o infinito de Deus
apoiados na pele do tempo
e juntos, nos quatro cantos da terra
e nas águas que se levantam no vento,
conheceremos as grandes imagens do desejo e da paz.
Tudo, tudo na cor das águas.